As mudanças climáticas apontam para um novo cenário em todo o planeta. O desenvolvimento ilimitado promoveu uma crise civilizatória e fortaleceu na sociedade uma forma de se pensar a vida a partir da racionalidade colonizadora. A hegemonia dos princípios e valores do paradigma ocidental tem destruído e desarticulado outras formas de organização social fora do capitalismo.
Esse contexto de desequilíbrio ambiental causa, além dos impactos diretos com as catástrofes (secas, chuvas fortes, ventos, etc.), um aumento nos custos de produção e reprodução da vida. É nessa situação de emergência climática que se busca a narrativa de sustentabilidade, que nos últimos anos se apresenta pelos títulos e selos de empresas verdes, amigas do meio ambiente, empreendimentos sustentáveis, etc. Não por preocupação com a natureza e bens naturais, mas, com os lucros.
Entretanto, esses impactos não são sentidos da mesma forma por todas as pessoas na sociedade. Existe uma grande parcela social, em situação de vulnerabilidades, que são ainda mais impactadas negativamente por falta de políticas públicas estruturantes, como os povos originários e comunidades tradicionais, as populações que vivem nas periferias urbanas, na região semiárida brasileira, entre outros.
Dentro dessa perspectiva, as ações ambientais devem se ligar às demandas sociais, culturais e econômicas para melhoria/adequação da vida da população mais impactada no cenário de mudanças satisfatória para todas as pessoas, saneamento básico, entre outras, como condicionantes ao equilíbrio socioambiental.
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